Carlos Castro (65 anos) foi assassinado ontem à noite num quarto de hotel em Nova York, alegadamente morto pelo seu companheiro, o modelo Renato Seabra de 20 anos.
Nunca falei com o Carlos Castro, não o conheço de lado nenhum, a não ser pelas revistas cor de rosa, pelas crónicas que escrevia semanalmente, pelo seu blog e por ser um activista pelos direitos dos homossexuais, lésbicas e transsexuais, acima de tudo por sempre ter dado a cara em tudo o que acreditava e defendia.
Presença assídua nas campanhas da luta contra a SIDA e na luta contra a Discriminação Social e Homofobia, Carlos Castro, era um homem com uma sensibilidade extrema, e para mim à frente do seu tempo.
É horrível ver comentários como "ainda bem que esse maricas morreu", ou "não teve mais que o que merecia", ou pior na página do seu companheiro (o jovem modelo) ver um comentário que dizia: "vais ter a fama eterna, o teu nome vai estar sempre associado à morte de Carlos Castro, e famoso serás".
Fico indignada, fico revoltava e triste, muito triste por fazer parte deste Mundo e sociedade. Fama?! Fama por ter morto alguém?
Não consigo compreender, o porquê de tanta raiva, inveja e frieza em relação a um Ser Humano, que simplesmente era diferente, gostava de homens e daí? Fez mal a alguém? Não!
Falava das pessoas? Sim, mas assumia e dava a cara.
Não consigo compreender.
Não conhecia o Carlos Castro, mas fiquei abalada com a notícia da sua morte brutal e macabra.
Há coisas que não se compreendem e são impossíveis de aceitar. Esta é uma delas.
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