segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Dizem que do nosso primeiro paciente, nunca nos esquecemos. A minha primeira paciente durante o meu estágio, ainda hoje me lembro do nome, problema e de como todo o processo evoluiu. Foi um verdadeiro desafio. Hoje gostava de saber o que é feito dela.

Mas aquele primeiro paciente, enquanto profissional, depois de todos os estudos terminados, dizem-me, marca-nos mais. Estamos sozinhos no gabinete, só nós, a pessoa e os nossos pensamentos. E foi isso que aconteceu hoje. Tive a minha primeira paciente, com um caso, com um pedido formalizado, com tudo a que tenho direito (lol).

Ela chama-se A. tem 6 aninhos e é uma fofa, a quem o sistema educativo não tem tempo, nem forma de lhe dar a atenção que ela necessita para que consiga aprender eficazmente. É mais lenta que os outros 24 alunos da turma dela, demora a compreender tudo o que lhe é ensinado, e é um bocadinho distraída. A escola é um pequeno empecilho naquela cabecinha, que só agora começa a despertar para o conhecimento.

Tem passado de médico em médico, tem ouvido de tudo um pouco, e para ela, tudo isto a assusta, a faz ficar triste e com aquela auto-estima em baixo.

A A. tem franjinha como eu, é pequenina e adora cor-de-rosa. No Carnaval gostava de se vestir de Sevilhana, porque "adora folhos".

E eu fico derretida com estes doces.

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