Ora lá fui eu para a minha antiga escola, dar o meu testemunho enquanto antiga aluna, falar da minha história académica e dizer o que tenho andado a fazer, no fundo nada de mais. Mas o que é certo é que ao entrar naqueles portões verdes a nostálgia bateu, e bateu forte.
Num milionésimo de segundo vi toda a minha vida (enquanto ali andei) a passar-me em frente aos olhos, e a meu lado tinha uma das minhas amigas de longa data e que estudou comigo (e que também ia dar o seu testemunho) até ao 9º ano, parecia real tudo o que estava a viver.
Foi a verdadeira montanha russa das recordações. Revi professoras, revi espaços e revi memorias, que descobri estarem ainda MUITO vivas na minha cabeça (abençoada memória selectiva), foram momentos muito gratificantes, foi bom ver a escola onde andei e onde de certa forma dei os meus primeiros passos para o futuro de hoje, cheia de sangue novo, cheia de gente disposta a quebrar as barreiras que Pardilhó insiste em manter, foi muito comovente ver como todos os que ali estavam têm uma grande dmiração por este espaço que no meu caso me acolheu durante 11 anos (pré-escola, pré primária e ensino básico) e do qual tenho grandes recordações e amigos.
Tenho muito orgulho em ali ter estudado, nunca em momento algum senti que a escola me tivesse preparado mal para o futuro e muito menos senti que o facto de vir de uma terra apelidada "terra dos índios" (que tem muitos defeitos, não nego), me tenha fechado portas ou me tenha feito sentir vergonha, NUNCA. Muito pelo contrário, é um motivo de orgulho e de muita alegria ter percorrido os corredores da Escola Básica e Integrada de Pardilhó, e é sempre com muita satisfação que digo:
"Olá, o meu nome é Marta, tenho 24 anos e sou de PARDILHÓ!"
O estigma somos nós que o fazemos, portanto só nos cabe a nós mesmos alterar a visão errada que têm desta terra. Pardilhó tem muita coisa boa, mas além disso tem um povo que gosta muito dela, e esse é o nosso maior trunfo.
Obrigada, gostei muito!
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