sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Once upon a time...

5 da manhã…sozinha no quarto, acordo de um sonho contigo, estávamos na praia os dois, uma risota constante e na altura em que estávamos mesmo para nos beijar, eu acordei (irónico)…a imagem de nós os dois deitados na praia, com um sorriso contagiante e espontâneo não me saía da cabeça, dei voltas e reviravoltas na cama, mas continuavas lá…sem teres sequer intenção de sair!

Tem sido assim…desde Setembro, algo nos uniu e até hoje cá estamos. Não sais de mim, não voltas as costas, não me deixas aqui assim como se nada se tivesse passado…então ficas, ficas aqui comigo, por vezes bem longe como se nos separasse um oceano gigante, outras tão perto que a nossa respiração cruza-se e torna-se uma só…e de repente sinto-me só. Ligar-te? Mandar-te uma mensagem? Não dizer nada?...ás vezes tenho a sensação que sou uma chata contigo, que te ligo demasiadas vezes, que te mando muitas mensagens ás quais nem sempre recebo resposta, mas hoje estou a sentir-me mesmo sozinha, e sem pensar muito peguei no telemóvel e lá foi uma mensagem para ti…não acredito?? O telemóvel a tocar, eras tu…uma conversa curta, rápida e a constatação de que estavas tudo menos a sentir-te como eu, animado, bem disposto, alterado (lol) … mas sem te ver, deu para sentir que estavas com aquele teu sorriso encantador, por muito que me custasse estar longe de ti, esse teu sorriso faz-me respirar fundo e sorrir também (you got the power), e pronto, um adeus, um beijinho…e acabou…voltei eu para a solidão dos meus pensamentos.

Uma vez li num livro que “as pessoas ligam o televisor quando já estão deitadas, para que não sejam assombradas pelos seus pensamentos mais íntimos e que constantemente fogem deles”…foi isso que fiz, não queria pensar mais, não podia, não me fazia bem…preferia lembrar-me do sonho. Tvshop, lá estou eu colada a ver, uma mesa que pelos vistos tem imensas funções e é portátil e leve e mais uma quantidade de coisas, aguentei-me nisto no máximo 15 minutos...e pronto já estava outra vez a pensar, afinal a teoria comigo não se verifica.

E fiquei ali, deitada de barriga para cima, a pensar, pensar a lembrar-me de situações, momentos, e como que por magia, uma lágrima…pequenina mas tão sentida, descia devagarinho com todo o tempo do mundo já que corria para o seu fim…atrás dela umas quantas vieram, mas foram elas que me trouxeram finalmente o sono!

Lembro-me de um último pensamento…fica!

Marta Ramos





p.s - há textos que nos fazem reviver toda uma sucessão de momentos...este é sem dúvida uma VIAGEM...


" o que importa é partir, NÃO É CHEGAR!!!!"

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