quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

...diário da tua ausência...

"Imagina que te escrevo em voz baixa. Falamos sempre baixo quando queremos que acreditem nas nossas palavras. E tudo o que escrevo aqui é verdade.
Escrevemos porque ninguém ouve. Escrevo-te porque estás longe, numa cidade onde o nevoeiro roubou o ar ao sol e as pessoas pensam mais do que sentem. Se ao menos estivesses aqui ao meu lado, passava-te a mão pela nuca, puxava-te ligeiramente os caracóis e então tu fechavas os olhos de prazer e eu sentia-te próximo. (...)"

"Espero por ti porque acho que podes ser o homem da minha vida. E espero por ti porque sei esperar, porque nos genes ou na aprendizagem da sabedoria mais íntima e preciosa, há uma voz firme e incessante que me pede para esperar por ti. (...)"

"Não quero desistir do amor, por isso é que me deixei levar neste amor por ti. Mas será mesmo amor? Não será esta loucura por ti apenas um reflexo do meu pânico perante uma realidade inesperada e incómoda que nunca quis aceitar e que ainda hoje me atormenta?"

"Sempre acreditei que andar de mão dada é um dos gestos mais íntimos que pode existir entre um homem e uma mulher."


excertos do livro: Diário da tua ausência de Margarida Rebelo Pinto





" A todas as mulheres que amam e sabem esperar. Para todos os homens que querem, mas não as sabem guardar."


Porque nós mulheres temos a teimosia de um camelo no deserto...esperamos sempre...sempre...



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