quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

1ª parte II

A minha 1ª paciente, tem-me dado algum "trabalho". Andei a semana toda às voltas, à procura de material, testes e jogos que me ajudem a avaliá-la e que de certa forma não a penalizem (uma vez que já apresenta algum atraso de desenvolvimento).

Encontrei jogos didácticos, fiz puzzles em cartolina, andei a chatear todas as Psicólogas que trabalhavam na área de Educação que conheço, e que me pudessem ajudar. A A. é muito pequenina e tem ar de assustada com tudo o que se vai passando à sua volta. Se vocês vissem aqueles olhinhos grandes e bem abertos a olhar para mim como quem diz: "O que é que eu tenho de mal?", iam perceber este meu deleite por ela.

Já tenho tudo prontinho para lhe aplicar e conseguir o máximo de informação possível, para que assim se consiga finalmente ajudá-la. Vou carregada de jogos de estímulos, de brincadeiras no computador, de desenhos bem coloridos e acima de tudo, cheia de vontade de a ajudar.

Quando fiz o meu estágio, só trabalhei com adultos, durante  um ano só me passaram 2 crianças pelas mãos. Não é que eu não goste de trabalhar com crianças, gosto, e gosto muito, mas confesso que me deixam aflita e ansiosa...quero muito ajudar, e às vezes ter que dizer aos pais que o filho deles tão desejado, não é bem o que foi sonhado, parte-me o coração (sou uma manteiga derretida, a verdade é essa).

A A. faz hoje ano, 7 aninhos, e vai levar um bolo para a escola, e com aquele sorriso de menina diz-me:

- Sabe de que cor vai ser o meu bolo? Cor-de-rosa...é lindo não é?

É! É sim. Parabéns A.

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