domingo, 10 de abril de 2011

1 mês!

Os telefonemas. As frases de força, de apoio, de incentivo. Os olhos brilhantes e luzidios. A voz trémula e a medo. A agústia de não saber o que o desconhecido nos reserva. O medo, o medo da morte em qualquer esquina. Não me fodam, é verdade, é o único medo que tenho é o da morte, é o de perder aqueles que mais gostamos. Doi dizer, doi doi muito até, mas é a verdade, a morte rouba-nos tudo sem mais nem menos.

Os dias passam devagar, queremos apressar a hora da verdade, queremos que ela acabe num instante e nos digam: "Correu tudo bem" , mas essas horas parecem dias, meses, anos...e a angústia aqui dentro, a moer, a tirar a esperança e a força...

Eu só tenho a certeza que vai tudo correr bem. Tenho. Tenho a certeza que me vão ligar a dizer: "Correu tudo bem, agora é uma nova etapa", tenho a certeza que quando lá voltar o teu sorriso vai iluminar o quarto todo, porque passou, essa já passou...agora venha o resto e cá estamos todos.

Nunca tanto o meu coração doeu, sofreu e chorou em silêncio. Nunca tanto pedi a alguém, a qualquer coisa que te desse força para aguentar e lutar. Todos os dias, todos sem excepção penso em ti, lembro-me da merda de sítio que estás, da quantidade de dias que já passaram e tu aí, sem dormir, comer nada de jeito, sozinho e triste...fico com o coração nas mãos, vou a baixo, torno a levantar-me sozinha (porque é mais fácil chorar em silêncio) e sigo para a luta.

Eu sei que é muito tempo, mas está quase, por favor é só mais um esforço. Daqui a nada é tudo passado...

Tens muitas crónicas para escrever, muitos passeios para dar na Torreira, muitos fins de tarde no Maribar a ver o pôr do sol...e eu vou estar aqui, sempre!

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