sábado, 10 de abril de 2010

David Lopes Ramos :)

"David Lopes Ramos (n. 26 de Janeiro de 1948, Pardilhó, Estarreja) é um jornalista português. Frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Ingressou no jornalismo em 1971 na revista Vértice, e trabalhou no Diário de Notícias e em O Diário, assinando actualmente artigos no Público e Revista de Vinhos. Foi assessor de imprensa de Vasco Gonçalves e membro da direcção do Sindicato dos Jornalistas".
(Wikipédia)

Isto é o que aparece quando se "googla" o nome David Lopes Ramos, meu tio. Irmão do meu pai, e o tio que mais gosto. É um prazer estar com ele, aprende-se, vive-se e sente-se, o tempo passa sempre mais rápido que aquilo que gostavamos. Com ele já recuei no tempo (muitos anos lá atrás), a um tempo em que pouca cor existia neste nosso Portugal e Mundo, um tempo em que se lutava todos os dias para que tudo fosse diferente, a um tempo em que o meu tio, jovem irreverente e cheio de ideais, vivia em Coimbra, morava na Répública "Ninho dos Matulões" e secretamente desejava um Portugal diferente (tais irreverências, ou sonhos, fizeram com que estivesse na lista da P.I.D.E como "políticamente suspeito") e é um delícia para mim ouvi-lo (ao contrário do que possam pensar, o meu tio tem o dom da palavra e é um óptimo conversador, por isso nada é malçador!). Com ele já aprendi que a comida não é só comida, mas muitas vezes uma forma de arte, com ele aprendi também que o vinho, esse néctar dos Deuses, tem vida, tem alma, cor, cheiro, sabor e textura (que prometo, um dia vou conseguir desvendar!).
Já provei verdadeiras iguarias feitas por ele.
Com ele aprendi o que é o amor a Pardilhó. O meu tio vive em Lisboa há muitos anos, mas regressa sempre à "terra", e o sorriso dele é bem diferente quando aqui está, ele diz: "Sobrinha, não há melhor que voltar ao sitio onde cresci e onde fui feliz!", e eu acredito.
O meu tio é daquelas pessoas que é dificil não gostar, sorriso fácil, simpatia sempre presente e uma calma suprema (foram RARAS as vezes em que o vi "passar-se", mesmo).
Quando era pequenina, cheguei a pensar que o meu tio era o Pai Natal, uma vez que tem umas barbas memso parecidas, e uma barriguinha "generosa" - podia muito bem ser o velho das barbas que dá presentes. Lembro-me de me sentar ao seu colo e encostar a cara na barba...gostava muito disso.
Gosto muito do meu tio, porque vejo nele uma vida cheia, cheia de sonhos e de projectos que foi concretizando, gosto dele porque vejo nele optimisto, boa disposição e como dizem os brasileiros "alto astral."
Quando a minha avó (mãe do meu pai e tio) ainda era viva, a vinda do meu tio cá, era uma alegria, e sei que mal dormia no dia anterior, era a "volta" do filho que tinha visto "partir" há anos.
Com o meu tio habituei-me a ler artigos de Jornais (primeiro só os dele, depois o bixinho ficou), e ainda hoje não perco um único artigo escrito por ele, ler o meu tio é quase estar a tocar e a sentir o que escreve, mais real é impossível!

Gosto muito do meu tio.

Dia 13 de Abril, em Lisboa no festival "Peixe em Lisboa" o meu tio, David Lopes Ramos vai ser homenageado, e eu não vou poder ir, mas estou representada pela Famelga Ramos que se vai deslocar em peso para lá!!!
O meu tio merece.
Aqui fica o meu testemunho.

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