quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A quente!

para mim o dia começou mal.
Chorei sem parar durante (e não estou a exagerar), uma meia hora. Chorei porque te senti cada vez mais longe de mim, chorei porque sinceramente não vejo que queiras mudar nada. Chorei porque deitaste fora  tudo aquilo que eu sinto (e não é pouco) por ti. Preferiste encolher os ombros, resignares-te a uma realidade construída por ti (porque só tu vês esses entraves todos), e eu não vejo nem consigo ver essa realidade.

Chorei porque enquanto arrumava a roupa e livros dos dias em Lisboa, dei de caras com uma carrinha e um pato - lembranças de um tempo em que tu não tinhas medos, e bastava-te gostares de mim, estar comigo e da minha presença. Isso tudo mudou. Mudou drásticamente, e eu não esperava.

Chorei, porque sinto muito a tua falta. Porque tenho saudades tuas. Mas se tu não sentes a minha falta, se tu não tens saudades minhas, se tu não queres  a minha presença, eu vou certamente começar a fazer o mesmo.
Mandarei no coração, como ele agora manda em mim e me deixa assim: com as lágrimas no canto do olho, com o olhar triste e com a vontade louca de um abraço (como, infelizmente, só tu sabes dar).


Dou-me a mim, e a um nós que em tempo existiu, uma última oportunidade, porque sou uma sonhadora? Talvez! Vou bater com a cabeça? Muito provavelmente! Vou chorar mais? Sim, de cereteza. Mas de uma coisa terei a certeza, lutei por algo que fazia sentido para mim, e saberei que mais não podia fazer!
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