sábado, 23 de outubro de 2010

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Magoaste-me muito!


Ou é porque está sol ou porque está chuva ou porque me esqueci das chaves ou porque vair dar aquele filme na televisão ou porque a vizinha foi para o hospital ou porque o chá está bom e não dá para interromper ou porque não-sei-quem tem uma cusquice ou porque outro não-sei-quem tem uma coisa pra contar ou porque o Benfica ganhou ou porque bebi demais ou porque o café estava sem açúcar ou porque já é tarde e temos de ir embora ou porque não quero estar mais aqui ou porque essa camisola fica-te mal ou porque esqueci da fazer o buço ou porque é Natal, é Páscoa, alguém faz anos, ou porque é Outono ou Inverno ou Primavera ou Verão, ou porque falo espanhol ou porque esta música é linda ou é feia e não gosto ou porque hoje estamos em dia não ou porque não dormimos de noite ou...

Ás vezes queria dizer-te tudo. O que sinto, o que senti. Ás vezes sinto-me a explodir por dentro. E depois tu nunca percebeste nada, nunca soubeste a quantidade de coisas que despertavas em mim e a quantidade de amor que tinha para te dar. Perco-me em conversas e no mundo que me rodeia, é esse o problema. Sempre me perdi. E espero que percebas pelo menos isto: há palavras que, por muito que queira, nunca mas nunca te saberei dizer.


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