segunda-feira, 13 de junho de 2011

Quando a emoção nos deixa de rastos:

Há dias difíceis. Hoje foi um deles. Está a ser...há coisas que não conseguimos controlar, e eu passei o dia todo a travar a dor, a aguentar as lágrimas, a acreditar que com o passar das horas isto passava...não foi isso que aconteceu. Estou aqui agarrada ao teclado deste computador, a debitar palavras, sentimentos e lágrimas ao ritmo com que deixo neste cantinho as dores deste dia.

Passo os meus dias a transmitir optimismo, confiança, força e preserverança...tudo balelas para mim hoje. Hoje o mundo é uma merda, hoje o mundo fere, hoje o mundo não vale um chavo, e hoje pergunto-me: porquê?

Hoje, era preciso um abraço, um carinho, uma palavra, aquele "click" (que tantos pacientes me dizem, só eu ser capaz de lhes transmitir), que me fizesse acreditar que hoje é segunda-feira, é só mais uma segunda-feira e que amanhã é outro dia completamente diferente e novo.

Quando não compreendemos aquilo que nos rodeia, quando não somos capazes de aceitar a realidade que nos é imposta, entramos em parafuso, chocamos entre duas realidades bem  distintas e muito dolorosas: "a realidade"...o "desejado"..e como nenhuma das duas nos é favorável, porque é em si impossível, tudo desaba, tudo perde o sentido, tudo se confunde..

E aqui, entram os sentimentos, entram as emoções com toda a sua força, a razão fica abafada, e a partir daí, acabou, não há mais nada a fazer. Resta-nos aguentar a dor, respirar fundo, acreditar que para tudo há um sentido, uma explicação, um rumo, uma RESPOSTA!

Se isso não existir? Paciência. Finge-se que está tudo bem, vamos acreditando que não há problemas, mentimos a nós mesmos -  sabemos fazer isso tão bem! E a vida continua, como se nada fosse, com a dor ao nosso lado, porque isso também faz de nós, aquilo que somos.

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