domingo, 29 de maio de 2011

1 mês!

Partiste há um mês. Neste mês, fui quase todos os dias ter contigo à Ria, e passei todos os dias na laranjeira cá de casa (está linda tio!).  Pensei em ti, todos os dias, e todos os dias, achei que isto não era verdade, e que daqui a umas semanas quando a Tia e a Jo. entrassem pelo portão, tu vinhas logo atrás, com aquele sorriso de quem volta às origens.

Neste mês, lembro-me de sonhar contigo uma vez, era um sonho lindo, não me lembro ao certo como foi, mas sei que estávamos na praia todos em família, um sem fim de toalhas e guarda-sois e sei que estávamos a conversar...acordei e não aguentei a dor de ser apenas um sonho, e desatei a chorar.

Neste mês, o coração desabou mil vezes, a dor apoderou-se de mim outras mil e a saudade essa, nunca me deixou. Dizem que o tempo cura tudo, qualquer dor - não consigo acreditar nisso!

Durante este mês, muitas mensagens, e-mails, textos, abraços, beijinhos e palavras de apoio recebi, e em quase todos estes momentos me senti como uma criança pequenina perdida dos pais. 

Às vezes durante os meus dias de trabalho, dou por mim a pensar: "o que acharia o meu tio disto?", fico a divagar no pensamento e no tempo, na esperança de que isso te traga para mais perto de mim. Naqueles dias em que estou mais em baixo, lembro-me de ti, já deitado naquela cama de hospital, frágil (mas sempre com aquele olhar ternurento), e das palavras que me disseste enquanto me agarravas a mão (tive que me conter tanto para não chorar Tio), mas hoje são essas as palavras que mais força me dão.

Passou um mês - e eu, eu ainda não consigo acreditar!

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