Não gosto de fazer balanços! Nunca gostei, mesmo quando o meu pai me obrigava a sentar-me a seu lado para explicar o porquê de uma negativa num exame em que tanto tinha estudado: "Marta temos que fazer um balanço, perceber o que correu mal".
Agora os balanços são outros, mas não menos dolorosos (por vezes!), porque isto de viver 365 / 366 dias não é pêra doce, e nem tudo foi um mar de rosas. Mas já que não gosto de fazer balanços vou começar pelas coisas boas!
Estava farta do meu curso (embora seja isto que quero), e muito mais farta da minha faculdade (carregadinha de gente mesquinha), portanto este ano comecei o meu estágio, alegria das alegrias ia mudar de ares e isso fez-me tão bem (apesar de alguns contratempos).
Mudei de casa, deixei a minha Foz para trás e o mar que todos os dias me fazia sorrir...troqueio-os, não para 100% melhor, mas para melhor, para um espaço mais meu, para um quarto decente e para uma etapa da vida diferente e que exigia algumas mudanças (lá se foram as grandes noitadas e as faltas na manhã seguinte).
Aprendi a lidar mais comigo. A estar mais vezes eu, e apenas eu! O que não era fácil numa casa com 5 mulheres, em que o silêncio pouco existia. Agora talvez exista demais, mas por vezes sabe bem. Aprendi que às vezes nos sentimos sózinhas mesmo rodeada de uma multidão de pessoas...e aprendi a lidar com isso, tentando nunca ir totalmente abaixo (e quando ia, lá estavas tu).
TU és aquele balanço mais fácil de fazer. E numa frase encerro tudo o que és: És perfeito! Vá duas palavrinhas... :) tens vários dons, mas sem dúvida que fazeres sentir-me bem, é o teu dom mais precioso...
Obrigada!
Criei novos laços de amizade. Reforcei antigos...e sinto-me uma priveligiada por ter os amigos e amigas que tenho...sem eles tudo seria bem mais difícil.
Passei mais tempo com a família.
"Peguei" num comboio e fui ver outros ares. Falei mais com a minha irmã (que está sempre disponível para me aturar) e para me acalmar quando tenho os meus ataques de "drama queen", passei horas na conversa com a minha prima (joanette), que é uma querida e que tem uns ouvidos de ouro, e me ouveeeeee as vezes que são precisas e me diz: "o tempo cura tudo".
Chorei lágrimas "a potes", de alegria e também de tristeza, de dor e de medo (mas também elas são positivas, porque me fizeram ser mais forte e mais confiante). Abracei muito (não há nada como um abraço), e beijei ainda mais (no dia em que conseguir descrever os teus beijos na perfeição, deixo aqui uma nota).
RI muuuuuito! Mas muuuuuito mesmo...porque não há melhor terapia que o riso. Ri dos outros, ri dos momentos e ri muito de mim.
Sorri ainda mais.
Dancei ao luar. Tirei fotografias sem nexo. Bebi para celebrar e cantei para afastar os medos. Saltei, mas nunca fugi...e estou aqui.
E fui..sou muito feliz!
(também tive momentos maus, mas esses ficam guardados nas gavetinhas, bem dobradinhos, para não ocupar nem tempo, nem espaço!)
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