segunda-feira, 4 de julho de 2011

Tipo avalanche...

e vem tudo atrás.
Hoje acordei molegona, algo em estado "deprê". Fui o caminho todo até à Póvoa a pensar na vida, no que me tem acontecido nos últimos meses, nas desilusões, nas portas fechadas, nas saudades (tantas saudades), na falta que algumas pessoas fazem na minha vida, no que já consegui e no que ainda me falta conseguir, nos objectivos alcançados e nas frutrações daquilo que ficou pelo caminho...e quando dei por mim, já rolavam lágrimas, sem ter que fazer o menor esforço.

Recompus-me e dei consultas (incrivel como consigo vestir uma capa de optimismo, auto-estima, força, confiança e compreensão numa fracção de segundos! Deve ser isto o que chamam de "profissionalismo", mesmo que por dentro se esteja desfeito em mil pedaços, the show must go on).

Voltei para o carro, rumo a casa para almoçar. A minha mente não parava, via tudo a passar-me à frente, e dei por mim a pensar: or principais objectivos que queria alcançar, não consegui. Falhei. Tudo aquilo que em Setembro passado e após ter chegado de Madrid, tinha prometido a mim mesma fazer, zero..não consegui.
Desatei a chorar.

Almocei. Mais calada que uma muda. Com os pensamentos a fervilhar dentro de mim, com o coração num frenesim que mais parecia que me ia dar um ataquezinho a qualquer momento.

Carro novamente, rumo a Ovar, mais consultas. Tive que parar o carro. Chorei, não tinha saído tudo de manhã, precisava pôr cá para fora. Precisava de um abraço, daqueles que mesmo não havendo palavras nos fazem sentir que: tudo vai ficar bem no fim!

Centro de Saúde. Bata vestida, café tomado. DrªMarta Ramos pronta a dar consultas, ela e a sua capa de optimismo, auto-estima, força, confiança e compreensão.

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