quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Desfiz-me em lágrimas:

O Cancro e fodido!

"Não interessa se já perdi alguém para este cabrão. Um cabrão que se disfarça. O filho da puta. Nunca tem a mesma cara. Anda por aí à sua vontade. No sangue, no cérebro, na garganta, nos pulmões, nos tomates, nas mamas, na garganta. Sei lá em quantos sítios. E andamos todos a ver se ele não nos vê. Comportamentos ou atitudes de risco, dizem os médicos, podem evitar a que sejamos a próxima vítima. Ele quer lá saber dessa merda. E depois, ainda lhe damos nomes complicadíssimos. É um cancro. Todos querem o mesmo, matar-nos lentamente, nuns casos, ou rápido, noutros. É a roleta russa. Como se já não bastasse o nascimento ser completamente aleatório ainda temos este asno.

No outro dia vi pela primeira vez 50/50. Gostei do filme. Gostei que aquela personagem ganhasse ao cabrão. Toma lá, filho da puta, este não levas tu. O cancro é sempre uma merda. Não há melhor ou pior. A mim custa-me sempre quando sei que são jovens as vítimas. Tanta coisa que ainda podem alcançar. Naquela pessoa pode estar alguém que vai mudar o mundo para melhor. E se ganhar esta guerra, para mim já mudou um bocado. O dia já tem mais uma das muitas razões para se sorrir. Custa-me saber que há mulheres que têm de tirar uma mama para sobreviverem. Uma parte delicada da anatomia feminina. Uma parte deliciosa, suave, bela. Ter de ser massacrada por aquele cabrão. Mas muitas são corajosas. Mostram a cicatriz. Afirmam a cicatriz. “Eu LUTEI e GANHEI, não desistam ainda”.

Não desistam, foda-se! Não desistam!"

by, Ego

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