domingo, 21 de novembro de 2010

Aqueles momentos.

O desejo. A ânsia de sentir o outro. Saborear a pele. Cultivar aquele gosto por tempo indeterminado na boca. Deixar os pensamentos de lado. Apenas sentir. Desfrutar. Calar e ouvir a respiração. A respiração de ambos. Aumentar com o tempo. Resfriar por breves momentos. Os corpos aproximam-se. Colam-se pelo suor. Unem-se pelo prazer. Cheirar o perfume inebriante daquele momento. Esquecem-se as palavras. Ouvem-se os gestos. Sentem-se os gestos. Lá fundo, onde se quer, onde se deseja, onde ficam próximos. Não se quer parar, não se quer chegar ao fim. O tempo. Esse, podia parar. Aqui. Agora. Já. Mas não, ele continua a correr, tal como aqueles dois corpos, juntos e unidos por todos aqueles sentimentos, emoções e mar de sensações que palavras são insignificantes para descrever.


As saudades que eu tenho destes nossos momentos. Já foram. Não são mais.

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